sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Rio e Guadalajara têm custos diferentes, mas problemas similares


Cariocas, que em 2007 lutavam para receber Olimpíadas, gastaram R$ 1,4 bilhão a mais do que os mexicanos para organizar o Pan


Os Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, quatro anos atrás, e os de Guadalajara-2011 são, por natureza, eventos com objetivos e parâmetros completamente distintos. O Rio-2007 serviu, sobretudo, como uma vitrine para a cidade, que na época pleiteava receber as Olimpíadas de 2016 – algo que foi confirmado dois anos depois. Para os mexicanos, não. O Pan é só isso mesmo: um Pan e ponto. E, apesar das propostas diferentes, existe pelo menos um aspecto que aproxima os dois eventos: as dificuldades na organização.
A um mês do Rio-2007, o solo cedia em frente à Vila Pan-Americana e faltava água quente no local. Em janeiro daquele ano, a obra no Autódromo Nelson Piquet corria o risco de não sair do papel. E parte do projeto, como a unidade de tratamento Rio Arroio Fundo, em Jacarepaguá, zona oeste da cidade, só foi inaugurada três anos depois. Para quem pintava um quadro crítico em Guadalajara, o cenário, a princípio, não parece tão grave. Há problemas, como o transporte e a segurança - que foi bastante reforçada por conta do receio de ações do narcotráfico -, mas nada muito diferente do que o Rio de Janeiro enfrentou nos meses que antecederam o Pan.


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As questões mais preocupantes na cidade mexicana foram resolvidas, ainda que em cima da hora. A pista de atletismo foi homologada pela Iaaf (sigla em inglês para Associação Internacional de Federações de Atletismo) e a Vila Pan-Americana ficou pronta dois meses antes do início do evento, apesar de ter passado por ajustes até dias antes da chegada dos atletas. Outras correções, como um melhor bloqueio às pistas expressas criadas para veículos credenciados, que estão sendo invadidas com freqüência por motoristas usuais, vão sendo providenciadas.
O impacto que esses corredores causarão no tráfego da cidade é um mistério, mas o governo tem tomado medidas para que o efeito seja minimizado. As aulas, por exemplo, foram paralisadas - já que algumas áreas de competição e a própria vila ficam muito próximas a diversos colégios. Outras questões, porém, foram resolvidas no tranco. Chegou-se a cogitar, por exemplo, o corte de atletas por falta de verba, o que foi descartado oficialmente diante de uma inevitável repercussão negativa nas Américas. 
 fonte: Google noticias 

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